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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Magnetismo e Espiritismo - Adriana

 
 
 
Biblioteca Geral - União Fraterna Bezerra de Menezes
Magnetismo e Espiritismo

 
Apresentação Curso de Magnetismo - BSS: Yonara Rocha Análise da Medicina sobre o Suicídio
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Magnetismo e Espiritismo

 

 

Allan Kardec definiu o Magnetismo e o Espiritismo como ciências irmãs, como podemos confirmar no texto publicado na Revista Espírita:

 

“O espiritismo liga-se ao magnetismo por laços íntimos, considerando-se que essas duas ciências são solidárias entre si. Os espíritos sempre preconizaram o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma porção de coisas; defendem a sua causa e vêm prestar-lhe apoio contra os seus inimigos. Os fenômenos espíritas têm aberto os olhos de muitas pessoas, que, ao mesmo tempo aderem ao magnetismo. Tudo prova, no rápido desenvolvimento do Espiritismo, que logo ele terá direito de cidadania. Enquanto espera, aplaude com todas as suas forças a posição que acaba de conquistar o Magnetismo, como um sinal incontestável do progresso das ideias.”(Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 421)

 


Ainda segundo Kardec, o Magnetismo preparou o caminho para o Espiritismo:

 


“O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há mais que um passo; tal é a sua conexão que, por assim dizer, torna-se impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como entre nós o magnetismo já possui órgãos especiais justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos sobre um assunto que é tratado com tanta superioridade de talento e de experiência; a ele, pois, não nos referiremos senão acessoriamente, mas de maneira suficiente para mostrar as relações íntimas entre essas duas ciências que, a bem da verdade, não passam de uma.” (Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 149)

 

Na época em que Mesmer realizava seus estudos relativos ao magnetismo animal, segundo ele mesmo afirmava, “as aparições maravilhosas, os êxtases, as visões inexplicáveis”, eram fontes de erros e opiniões absurdas. Segundo suas palavras, “a obscuridade que envolve tais fenômenos, acrescida da ignorância popular, favoreceu o estabelecimento de preconceitos religiosos e políticos em todos os povos.”

 


Ocorre que, para que a totalidade das aparições, êxtases e visões pudessem ser completamente esclarecidas, afastando as ideias supersticiosas, faltava, além do magnetismo, outra ciência: o espiritismo, que, ao acrescentar a intervenção dos espíritos, esclareceu os casos relativos à atuação desses seres.

 


A ciência do Espiritismo une-se ao Magnetismo Animal ao recuperar conhecimentos anteriormente classificados como superstição, milagre ou sobrenatural, trazendo-os ao campo da Ciência.

 


Em 1857, no Livro dos Espíritos, questão 555, Allan Kardec afirmou: “O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de ridícula crendice.”

 

 


Artigos relacionados:
•    MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL
•    O Espiritismo e as Doenças
•    Algumas questões sobre Magnetismo
•    A Cura Espiritual
•    A Mediunidade Curadora e o Magnetismo

 

Por muitos séculos, os alucinados, sonâmbulos, médiuns e obsediados foram considerados loucos e abandonados pela medicina. Ainda hoje isso ocorre. Muitos desses casos podem ser explicados pelo magnetismo animal. Outros, como os casos de obsessão, são explicados e tratados pelo espiritismo.

 

Em 1862, Allan Kardec afirmou: “Somos sabedores de que se tem pretendido curar, como atacados de alucinações, alguns indivíduos, submetendo-os ao tratamento a que se sujeitam os alienados, o que os torna realmente loucos. A medicina não pode compreender essas coisas, por não admitir, entre as causas que as determinam, senão o elemento material, donde, erros frequentemente funestos. A história descreverá um dia certos tratamentos em uso no século 19, como se narram hoje certos processos de cura da Idade Média.”

 

Em relação ao poder de curar pelo simples contato, questão esta levantada por Allan Kardec, no Livro dos Espíritos (questão 556), nos esclarece a espiritualidade (e faz ainda um alerta):

 

“A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza doa sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque os bons espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.”

 

Para saber mais:

 


•    Mesmer, a ciência negada e os textos escondidos – Paulo Henrique de Figueiredo – Ed. Lachâtre
•    Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos (Ano I – 1858) – Allan Kardec – Ed. FEB
•    O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Ed. FEB

 

Autoria: Adriana  
Fonte: http://magnetizador.blogspot.com.br